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And now…

…for something completely different: publicidade e design gráfico em Quelimane! É isso mesmo, vamos lá mostrar o que por cá nos maravilha todos os dias, de cada vez que passámos em “salões de beleza” e afins… A verdade é que não há muito a dizer, o melhor é realmente mostrar com as fotos porque na maior parte dos casos ficamos…sem palavras!

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Mas é curiosa a distância que vai entre uma empresa como a Mcel e os pequenos comerciantes. Os “murais”ainda não passaram de moda aqui e as cores são, como em tudo o que está em África, sempre fortes e sem regra na combinação (correcção: sem a minha regra…). Deixo aos leitores a avaliação da criatividade desta gente da Zambézia que não pára de nos surpreender. E sei que alguém vai gostar particularmente destas imagens: divirtam-se, Mariana e Joana!

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Mudando de assunto, mas sempre na linha de relato do que aqui vai, vamos agora falar de profissões que encontramos por cá. Primeira e muito importante em Quelimane: taxista. “Mas quê? Até parece que não há taxistas em Portugal…sol a mais na cabeça, meninas…” Com calma: taxista mas de táxi rápido, se faz favor. Traduzindo: de bicicleta! E sim, usamos esse magnífico serviço, até porque os outros táxis são ao preço do ouro! Segunda e de igual importância: mecânicos…de bicicleta…em todo o lado! Terceira: vendedores…bem, do que quiserem e onde menos se espera: fruta na rua, chocolates na praia, carvão em qualquer esquina, bolos e ovos cozidos na porta de qualquer casa, legumes “ambulantes” pela cidade, vassouras de e cestos artesanais de porta em porta e banquinhas com coisas que vão desde fósforos a cintos e pentes…e aqui fica melhor um simples etc.! Quarta: também vendedores mas de dois produtos essenciais que estão literalmente em toda e qualquer parte do país: coca-cola e giro (ou recarga de telemóvel)! No meio do nada, acreditem, vai aparecer alguém a vender! Quinta: costureiros, sapateiros, marceneiros…tudo normal menos os locais de trabalho e as condições. Curioso é reparar nos traços portugueses que ainda encontramos por cá, nas construções, os azulejos, no mobiliário antigo, no próprio português…por isso mostro-vos o salão do meu barbeiro onde tudo lembra o Portugal que aí já quase desapareceu. Como diria a minha amiga Andréa: nesta cidade paira uma nostalgia, uma espécie de melancolia que não se consegue definir…  

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Para animar a conversa: Igor e Abel são os meninos Casa Esperança de hoje! O Igor é um menino doce, como todos os outros, que gosta da bola e de carrinhos. Agradece sempre quando se lhe dá alguma coisa e é muito protegido pelo Paíto, o irmão mais velho. Gosta muito de matemática e nada de português, por isso nas horas de estudo vai variando entre o “muito interessado” e o “à espera que acabe”. O Abel é um bocadinho preguiçoso no estudo e gosta muito da frase “Tia, não sei fazer…” Por isso, este ano vai ter que se esforçar mais na escola e em casa. Adora a Tia Guida que o criou desde bebé e quando chegam as férias é o primeiro a fazer a mala! Quando fomos visitá-lo durante as férias pôs um ar desconfiado de: “não é para ir ainda, pois não?” mas agora que voltou está muito animado e sempre a brincar com os outros putos.   

Igor e Abel

Igor e Abel

E agora, para terminar em grande, a novidade do mês: temos um cachorrinho!!!! Não parece nada especial mas a verdade é que nem sempre os animais são bem tratados por cá…e este, que veio sozinho e por isso se chama assim em Chuabo “…” é a nova animação da casa. Espantem-se as tias: o Rex (o segundo nome dado pelos miúdos) tem tratamento VIP cá em casa: recebe mimos e atenção de todos os meninos, comida a horas, banho…só visto! Agora acordamos de manhã a ouvir as correrias com o Rex e vamos ouvindo frases como: “Olha, dorme como gente!”; “Tia, o Rex já matabichou!”; “Esse cão é animado mesmo…vai ser o melhor guarda da casa!”. Cá as tias acham que todas as crianças têm direito a ter um cão! A única dúvida é se um cão só tem direito a tanta criança…mas este parece gostar e parece também ter escolhido a Casa Esperança.  

Rex e Tia Paula

Rex e Tia Paula

Beijos e abraços e um recado ao Fernando: não podes dizer que este texto é curto, livra-te! Obrigada pelos comentários, amigo. Paula e Sara